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20/11- DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA


Hoje, dia 20 de Novembro, se comemora o dia nacional da Consciência Negra, mesma data de morte de Zumbi dos Palmares, decapitado em 1695. Mas Zumbi não é só uma cabeça decapitada. É um história de resistência, luta e busca pela ancestralidade contra um sistema escravagista do Brasil Colonial. Sistema que deixa suas marcas até os dias atuais, sendo o racismo estrutural e introjetado na sociedade brasileira. Os corpos negros ainda são subjugados em diversos espaços e momentos: dentro de um Uber, na frente de um supermercado, na rua ou dentro de casa, o que rememora os mais de 300 anos de escravidão brasileira. A liberdade não foi concedida, e sim conquistada!

Mas a história negra não se inicia com a escravidão. A história negra foi interrompida pela escravidão pois reis, rainhas, guerreiros e líderes espirituais escreveram a história da África, sob impérios complexos. A origem do Brasil é de um reinado forte e presente, mostrando o perigo de se contar uma única história, como descrito por Chimamanda Adichie. 

Afinal, se o Brasil é negro, por que não a História?

Viva Marielle. Viva Nzinga. Viva Machado. Viva Carolina. Viva Marighella. Viva Elza. Viva Beatriz. Viva Zumbi. Se somos hoje, é porque um dia eles foram. Viva o povo negro afro-brasileiro que escreve e vivencia a História por meio de re-existência e poder. 

Precisamos enegrecer a História, não aceitando somente a perspectiva do colonizador, mas a do quilombo, do terreiro e da capoeira. Do baile black, da organização política e da juventude negra. Dar lugar e voz àqueles que sempre escreveram e vivenciaram a História, mas foram apagados pela escrita do outro.

Enegrecer a História é nosso papel como historiador e historiadora. 

Viva o Brasil afro! ✊🏾